Amapá, Brasil (30 de agosto de 2025) – A convite especial do senador Davi Alcolumbre, do ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional Waldez Góes e do prefeito de Santana, o presidente da Câmara de Desenvolvimento Internacional Brasil-China, Fabio Hu, liderou uma delegação de 18 pessoas que participou da grande cerimônia de boas-vindas realizada no Porto de Santana, no Amapá. O evento marcou um momento histórico: a chegada do primeiro navio cargueiro chinês ao porto.

O cargueiro partiu do Porto de Zhuhai, na China, carregado com diversos produtos industriais e agrícolas, e após 33 dias de viagem chegou com sucesso ao Porto de Santana no dia 30 de agosto. No retorno, a embarcação transportará 57 mil toneladas de minério de ferro de alta qualidade, soja e outros produtos agrícolas do Brasil para a China, estabelecendo um novo canal de intercâmbio comercial entre os dois países.

A cerimônia de boas-vindas foi marcada por uma atmosfera festiva e inédita. Parlamentares das duas casas do Congresso Nacional, deputados estaduais do Amapá como Jesus Pontes e Júnior Favacho, além de autoridades governamentais e moradores locais, reuniram-se no porto. Em seu discurso, o senador Davi Alcolumbre declarou: “Hoje não é apenas um marco para o Porto de Santana, mas também um verdadeiro marco para o desenvolvimento das relações Brasil-China. A abertura desta nova rota trará novo impulso ao desenvolvimento econômico da região Nordeste do Brasil e aprofundará ainda mais a parceria estratégica abrangente entre os dois países.”

O ministro Waldez Góes destacou: “Esta inauguração realiza uma expectativa de longa data. O minério de ferro e os produtos agrícolas de qualidade de Santana terão acesso direto ao mercado chinês através desta nova rota. Isso irá promover significativamente o emprego e o desenvolvimento econômico local, sendo um exemplo de cooperação ganha-ganha.”


Segundo os governos dos dois países, a nova rota também tem grande potencial para o transporte de bioprodutos da região Amazônica e do Centro-Oeste brasileiro. “As vantagens são enormes. Por exemplo, em comparação com o Porto de Santos, transportar produtos do Centro-Oeste pelo Porto de Santana ou pelo Arco Norte até a Europa reduz o custo em 14 dólares por tonelada de soja. Para a China, a economia é de 7,8 dólares por tonelada, sem falar na redução do tempo de transporte”, afirmou Góes.
Ele acrescentou que essa vantagem aumentará consideravelmente a produção, os lucros e os retornos para os produtores, tanto da Amazônia quanto do Centro-Oeste, permitindo melhor organização da logística interna. “De agora em diante, tudo dependerá da nossa capacidade: da capacidade da região Amazônica de coordenar os produtos que interessam à China.”
O ministro enfatizou ainda que a cooperação entre Brasil e China está avançando rapidamente, impulsionando ainda mais o desenvolvimento desta rota comercial, especialmente para os produtos da bioeconomia amazônica. Ele destacou que a região tem um vasto potencial de crescimento econômico: “Isso levará tempo, mas a melhor estratégia para o desenvolvimento da Amazônia é a industrialização. Isso permitirá agregar valor aos produtos locais, gerando emprego e renda. Isso se aplica ao açaí, cacau, café, castanhas, madeira, peixes, aquicultura e até a outros setores, como o farmacêutico. Temos enorme potencial na área de medicamentos, pois atualmente a Amazônia fornece apenas matéria-prima.”
Em seu discurso, o presidente Fabio Hu expressou sua honra em testemunhar esse momento histórico. Ele ressaltou: “A abertura desta rota é fruto do esforço conjunto de diversos setores da China e do Brasil, demonstrando a firme determinação de aprofundar a cooperação entre os dois países. A Câmara de Desenvolvimento Internacional Brasil-China continuará a desempenhar seu papel de ponte, promovendo a concretização de mais projetos de cooperação prática.”
O Porto de Santana, no Amapá, é um dos mais importantes portos de águas profundas da região Norte do Brasil, com localização estratégica e boa infraestrutura. O sucesso da viagem inaugural não apenas abre um novo canal logístico marítimo entre a China e o Norte do Brasil, como também oferece uma nova prática de integração entre a iniciativa chinesa “Cinturão e Rota” e o programa brasileiro “Plano de Aceleração do Crescimento”.
Analistas apontam que essa nova rota otimizará ainda mais a estrutura do comércio bilateral, fortalecerá a interconexão da infraestrutura e abrirá espaço mais amplo para a cooperação sino-brasileira nos setores de energia, mineração, agricultura, entre outros, elevando a parceria econômica e comercial entre China e Brasil a um novo patamar.



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