Em 16 de abril de 2025, foi realizada em Pequim a “Reunião de Intercâmbio Econômico e Comercial China-Brasil”, coorganizada pela Federação Mundial de Zonas Francas (WFFTZ), pela Associação Chinesa de Empresas Comerciais por Ações (ACECA) e pela Câmara de Comércio de Desenvolvimento Internacional Brasil-China (CCDIBC). O evento teve como tema “Construindo um Novo Plano de Cooperação dos BRICS e Promovendo uma Nova Parceria Econômica e Comercial China-Brasil”, reunindo representantes de diversos setores de ambos os países para discutir oportunidades de cooperação e aprofundar as relações bilaterais.
O vice-presidente da ACECA, Zhou Zuo, destacou em seu discurso que o Brasil foi o primeiro país em desenvolvimento a estabelecer uma parceria estratégica com a China e o primeiro país da América Latina a elevar as relações bilaterais a uma parceria estratégica abrangente. Ele enfatizou os recursos naturais abundantes, o vasto mercado e o enorme potencial econômico do Brasil, além do estreito relacionamento econômico e comercial entre os dois países. A ACECA, como uma organização social influente na China, compromete-se a fornecer serviços abrangentes para promover a cooperação entre empresas chinesas e brasileiras.
Tian Ye, vice-secretário-geral da WFFTZ, explicou que a federação é uma organização internacional não governamental registrada pelo governo chinês, com sede em Hangzhou. Desde o estabelecimento de uma parceria estratégica com a CCDIBC, a WFFTZ tem se concentrado em servir governos, zonas de livre comércio e pequenas e médias empresas da China e do Brasil, introduzindo recursos internacionais para apoiar investimentos estrangeiros e promover o comércio multilateral. Está planejando organizar visitas de empresas chinesas dos setores agrícola, médico, mecânico e de energia renovável ao Brasil para explorar o ambiente de mercado, políticas, oportunidades de investimento e tendências de desenvolvimento industrial.
O presidente da CCDIBC, Fabio Hu, o responsável pela Região da Grande China, Sr. Gong Peng, o vice-presidente da CCDIBC e CEO da New Alliance Export Trading, Edenilson Sebastião Cazula, bem como o CEO da Pedra Brilhante Trading de Grãos, José Felipe de Camargo, participaram da mesa-redonda como representantes do Brasil.
Durante o encontro, Gong Peng apresentou a CCDIBC, organização aprovada pelo governo brasileiro e fundada em 2003, que atualmente possui presença nos 26 estados do Brasil. Ele destacou que a CCDIBC tem se dedicado a construir pontes de cooperação entre empresas da China e do Brasil, tendo prestado serviços com sucesso a grandes empresas chinesas como COFCO e Huawei. Os representantes empresariais brasileiros participantes da reunião concentraram seu interesse nos setores de saúde, energias renováveis e agricultura, manifestando o desejo de estabelecer parcerias com empresas chinesas nesses segmentos.
Sr. Cazula, expressou otimismo em relação à tecnologia chinesa, especialmente em energia solar e limpa. Ele espera estabelecer parcerias com fornecedores chineses e atuar como distribuidor regional no Brasil.
Sr. Camargo, compartilhou que sua fazenda produz mais de 500 mil toneladas de soja por ano, das quais 70% são exportadas para a China. Ele mantém relações comerciais estreitas com mais de 500 fazendas no Brasil e está buscando cooperação com empresas chinesas em processamento profundo de soja, como a introdução de equipamentos chineses de extração de óleo de soja para melhorar a capacidade de processamento industrial.
Li Wenfeng, CEO da NovoGene Technology Co., Ltd., apresentou os dispositivos médicos inovadores desenvolvidos pela empresa e seus planos de entrar no mercado brasileiro para fornecer experiências avançadas de saúde médica à população local.
Yan Guodong, do Departamento de Negócios Internacionais do Grupo Dayu Irrigation, destacou que a empresa é líder no setor de irrigação na China e já possui clientes em alguns países da América Latina. Ele expressou o desejo de expandir para o mercado brasileiro.
Zhang Jiahui, do Departamento de Negócios Internacionais da Centexin Group Co., Ltd., mencionou que a empresa é líder no setor de energia fotovoltaica na China, com tecnologia de ponta e presença em mercados do Oriente Médio, Europa Oriental e Sudeste Asiático, e está ansiosa para explorar oportunidades no Brasil.
Wang Fuqing, presidente do Comitê de Especialistas da ACECA, enfatizou que os resultados comerciais dependem de tecnologia, pessoas, produtos e capital. A missão da ACECA é ajudar as empresas chinesas a se internacionalizarem. Ele também comparou as diferenças entre China e Brasil em estilo de vida, políticas fiscais, nível tecnológico, idioma e gestão de pessoal, fornecendo insights para a cooperação empresarial.
A reunião foi presidida por Peng Bing, vice-diretor do Comitê de Investimentos e Comércio da ACECA. Outros participantes incluíram Cai Yongshuang, vice-secretário-geral da Aliança de Cooperação Empresarial da WFFTZ e sócio da JinFeng JiXin HuiJin Fund Management Co., Ltd.; Li Yun, cofundador da JinCheng Overseas; Hao Jiangang, presidente da Beijing Anhe Niu Enterprise Management Co., Ltd.; Dai Yaru, vice-gerente geral da Shandong Tianying Biotechnology Co., Ltd.; Ding Dayong, cofundador da Beijing Zhiyuan Huitu Technology Co., Ltd.; e Liu Hongkun, especialista em negócios da Wandong Medical-Wanliyun.
Durante a reunião, empresas chinesas e brasileiras trocaram informações e chegaram a intenções preliminares de cooperação em áreas como comércio agrícola, medicina avançada, energia renovável e irrigação eficiente. Espera-se que a cooperação econômica e comercial entre China e Brasil continue a se expandir, promovendo benefícios mútuos e desenvolvimento conjunto.
Fonte: Federação Mundial de Zonas Francas (WFFTZ)