18/03/2023, Fonte: CCDIBC
O “Fórum de Cooperação Econômica e Comercial China-Brasil Na Nova Era”, um fórum de alto-nível coorganizado pelo Centro de Inovação de Transporte Sustentável e pela CCDIBC – Câmara de Comércio de Desenvolvimento Internacional Brasil China, foi realizado na Universidade Jiaotong de Beijing (BJTU) no dia 18 de março.
Em seu discurso, o vice-reitor da Beijing Jiaotong University, Sr. Guan Zhongliang disse que a Universidade tem mantido parcerias estratégicas com muitas universidades brasileiras ao longo dos anos. Ademais, espera que a BJTU possa fortalecer a cooperação com universidades brasileiras e instituições internacionais de pesquisa de ponta em transportes sustentáveis, intercâmbios de pessoas e redes internacionais de intercâmbio e cooperação.
O Sr. Fábio Hu Presidente da CCDIBC – Câmara de Comércio Internacional de Desenvolvimento Brasil-China, falando via videoconferência, disse que as relações econômicas e comerciais entre a China e o Brasil possuem perspectivas brilhantes e de acordo com a visão do Presidente chinês Xi Jinping de construir uma “Comunidade China-América Latina do Destino Comum”, ambos os países têm o desejo e a base política para melhorar ainda mais suas relações econômicas e comerciais. O comércio entre os dois países é baseado em suas respectivas vantagens comparativas, o que está em linha com os interesses fundamentais dos dois países, e alcança o objetivo ganha-ganha de “desenvolver o mercado brasileiro e fazer prosperar as economias brasileira e chinesa”.
Julio Cesar George de Almeida, Presidente da Frente Parlamentar Brasil-China, também fez discurso via videoconferência, dizendo que embora o Brasil esteja em primeiro lugar nos países
latino-americanos em termos de investimento em infraestrutura, a lacuna de investimento é também a maior da América Latina devido à alta demanda, e que o gargalo na infraestrutura traz grandes conquistas chinesas no campo da construção de infraestrutura no Brasil, e ele espera poder continuar a fortalecer a cooperação com universidades e empresas chinesas para impulsionar as relações econômicas e comerciais entre o Brasil e a China.
No discurso do Sr. Rodrígo Pontes dos Santos, Diretor do Departamento de Transporte Ferroviário do Estado de São Paulo, disse que o Brasil tem atualmente uma rede rodoviária de grande escala, mas o transporte ferroviário e o transporte fluvial ainda têm mais espaço para desenvolvimento, e que a China tem capacidade, experiência e vantagens na infraestrutura de transporte, que é um modelo global, e deu as boas-vindas às empresas chinesas para participar ativamente do investimento e da construção de projetos relevantes no Brasil.
No fórum, os especialistas e acadêmicos de instituições de pesquisa relevantes também compartilharam seus pontos de vista sobre a cooperação econômica e comercial entre os dois países. O Huang Renwei, vice-presidente executivo do Instituto de “One Belt One Road Initiative” e Governança Global da Universidade Fudan, acredita que apesar do impacto negativo da epidemia na economia global nos últimos três anos, a China e os países latino-americanos ainda conseguiram um avanço significativo nas relações comerciais, o que leva ao estreitamento dos laços econômicos e comerciais entre a China e os países latino-americanos, como o Brasil. Além disso, ele vê um grande potencial para ambos os lados no futuro em termos de abertura de novas rotas e cooperação no comércio eletrônico transfronteiriço.
Tang Jie, chefe do Departamento de Pesquisas sobre a América Latina do Instituto de Comércio Internacional e Cooperação Econômica do Ministério do Comércio da China, disse que a China e o Brasil possuem um grande e crescente volume de comércio de mercadorias, mas a estrutura de serviços do comércio internacional é relativamente simples e tem grande potencial de desenvolvimento. Para aproveitar melhor o potencial da cooperação econômica e comercial bilateral, o Tang Jie sugeriu que os dois países deverão promover ainda mais medidas de facilitação de investimentos, moldar conjuntamente o ambiente de segurança das cadeias industriais e cadeias de fornecimento, aumentar a capacidade de desenvolvimento sustentável e realizar cooperação prática em setores-chaves.
Zhang Qiusheng, diretor do Instituto Nacional de Desenvolvimento do Transporte da Universidade Jiaotong de Beijing, disse que a construção da infraestrutura de transporte tem um impacto importante no comércio e que a atual rede de transporte China-Brasil ainda é imperfeita. Ele sugeriu que a China e o Brasil devam criar zonas de livre comércio mútuas e zonas de demonstração para inovação e desenvolvimento econômico e comercial, de modo a construir uma rede de transporte China-Brasil mais completa e promover o estabelecimento de uma nova ordem de governança global com relações econômicas e comerciais complementares entre a China e o Brasil lideradas pelo transporte.
O fórum contou com a presença de Yuping Lin, Presidente da CCDIBC/Amazona, Marcelo Luis Bestetti, Vice-Presidente da CCDIBC; Andreia Wang Ying, Secretária Geral da CCDIBC; Lan Jingping, Chefe da Sucursal de Fujian da CCDIBC, e Lan Jingyun, Zhang Mei e He Haiyun, todas da equipe de Secretário do Surcursal de Fujian da CCDIBC.
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