Embaixador da China no Brasil, Yang Wanming critica a adoção de medidas retritivas por parte dos Estados Unidos e diz que espera que a sociedade brasileira reaja a epidemia com calma
“Os rumores e o pânico podem ser mais assustadores do que a própria epidemia.” É o que defende o embaixador da China no Brasil, Yang Wanming em relação ao coronavírus. Em entrevista exclusiva ao Estado, ele comentou, por e-mail, as ações que estão sendo feitas pelo país para conter a confirmados 51.986 casos de infecção no país.
O embaixador criticou a adoção de medidas restritivas por parte dos Estados Unidos e disse que espera que a sociedade brasileira reaja a epidemia com calma e evite qualquer reação agressiva contra os cidadãos chineses.
“É lamentável ver que alguns países, como os Estados Unidos, tenham aplicado medidas excessivamente restritivas. O objetivo disso só pode ser aumentar a tensão e até mesmo criar pânico, o que é mais preocupante do que a doença em si e contraria as recomendações da OMS. Na era da globalização, os destinos das nações estão intimamente ligados. Na resposta a uma crise da saúde pública, os países devem manter-se objetivos, justos e racionais, reforçar a comunicação e a coordenação e desempenhar um papel construtivo, em vez de que criar dificuldades para todos ou tirar proveito do problema”, afirmou. Só os EUA adotaram medidas restritivas.
Para ele, a China estabeleceu um novo padrão de resposta a surtos epidêmicos “que merece o apreço dos outros e serve como experiência”.
Fonte: ESTADÃO