O recente encontro entre os presidentes da China, Xi Jinping, e dos EUA, Donald Trump, rendeu importantes êxitos na área comercial. As duas maiores economias do mundo assinaram acordos cuja soma total, de US$ 253,5 bilhões, quebrou um recorde histórico. O vice-ministro do Comércio da China, Yu Jianhua, afirmou que o resultado demonstra a ampla base popular para a cooperação econômica e comercial entre os dois países.
A visita de Trump a Beijing, entre os dias 8 e 10 de novembro, foi a primeira de um chefe-de-Estado estrangeiro recebida pelo país asiático após o 19º Congresso Nacional do Partido Comunista da China. Durante a visita, os líderes das duas potências econômicas realizaram um encontro histórico.
Yu Jianhua avaliou que os resultados do encontro entre Xi Jinping e Trump revelam a face de benefício mútuo da colaboração sino-americana.
“Durante o encontro, os dois líderes presenciaram a assinatura de 34 acordos e documentos de intenção de cooperação, somando um valor total de US$ 253,5 bilhões. Por exemplo, chegamos a um acordo de cooperação energética com o estado norte-americano do Alasca. Uma vez concretizado, o projeto poderá criar 70 mil postos de trabalho para os EUA e, ao mesmo tempo, ajudar a China a reduzir a emissão de 80 milhões de toneladas de dióxido de carbono a cada ano.”
Além dos acordos, os representantes dos setores político e comercial dos dois países também realizaram discussões sobre a promoção da cooperação empresarial em diversas áreas, alcançando consensos na ampliação da abertura.
Conforme Yu Jianhua, a China solicitou aos EUA que liberem as limitações sobre a exportação de produtos de alta tecnologia e tratem em pé de igualdade o investimento de empresas chinesas no país. Ao mesmo tempo, os chineses pediram aos Estados Unidos que adotem medidas de subsídios comerciais com cautela. Em contrapartida, a China assumiu compromissos para ampliar sua abertura.
“No aspecto de acesso ao mercado, anunciamos uma série de novas medidas nos domínios bancários, de título, futuro, fundo, seguro e tarifas automobilísticas. Por isso, a visita de Trump à China foi frutífera e alcançou resultados equilibrados para as duas partes.”
Yu Jianhua disse que os acordos firmados desta vez servirão como uma importante base para a cooperação bilateral no futuro. O vice-ministro chinês propôs que a China e os EUA reforcem sua colaboração, contornem as divergências e continuem aproveitando o papel fundamental da cooperação econômica e comercial nas relações entre as duas nações.
“O volume de transações comerciais entre a China e os EUA supera os US$ 750 bilhões anualmente. É natural ter fricções em um comércio de proporções tão grandes. A questão-chave é tratá-las de forma racional e apropriada. Precisamos de diálogo e negociação para superar os problemas.”