Diálogo estratégico entre líderes de China e EUA define rumo das relações bilaterais

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fará uma visita de Estado à China entre os dias 8 e 10 de novembro. O embaixador chinês nos EUA, Cui Tiankai, afirmou na segunda-feira que a missão mais importante da visita reside em determinar a direção do desenvolvimento das relações sino-americanas, assim como fixar uma ideia positiva. Dessa forma, será possível impulsionar as relações entre os dois países para que evoluam em uma órbita de estabilidade. A China e os EUA vão aprofundar as cooperações e controlar as divergências de forma eficaz.

Segundo o embaixador, em relação a essa primeira visita à China de Trump, a China vai recepcioná-lo conforme uma norma chamada State Visit-plus.

“Esperamos recepcionar o presidente norte-americano Trump com a norma de State Visit-plus, nesta sua primeira visita de Estado à China. Além dos procedimentos tradicionais, ofereceremos arranjos especiais para o presidente e a Primeira Família. A questão chave consiste em assegurar tempo suficiente para negociações estratégicas em um âmbito superior entre os líderes dos dois países. Isto é crucial para o crescimento das relações bilaterais.”

Muitos países nutrem altas expectativas sobre a criação de uma parceria construtiva entre a China e os EUA. As negociações e diálogos em um nível superior podem esclarecer mal-entendidos, controlar efetivamente as divergências e impulsionar fortemente as cooperações.

Cui Tiankai disse que os pontos principais, como a questão nuclear da Península Coreana e a situação comercial sino-americana, estão entre os temas principais das negociações dos dois lados. A China está se esforçando para resolver adequadamente a questão nuclear por meio dos diálogos. O país implementa plenamente as resoluções do Conselho de Segurança, desejando que os demais países possam oferecer respostas positivas.

Quanto à expectativa das cooperações comerciais sino-americanas, Cui Tiankai afirmou que os dois países estão se concentrando em um comércio bilateral mais justo.

“A partir do próximo ano, realizaremos em Shanghai a Feira das commodities importadas. Esta será uma medida totalmente nova da China para promover a importação, o que trará grandes oportunidades para o incremento da exportação das empresas norte-americanas para a China. A China já está preparada para comprar mais produtos estrangeiros. Se os Estados Unidos puderem livrar as restrições sobre a exportação dos produtos civis de alta-tecnologia, favorecerá a solução dos desequilíbrios nas transações entre os dois países.”

O embaixador chinês afirmou que o relatório do 19º Congresso Nacional do Partido Comunista da China (PCCh) revela que o país está cada vez mais aberto, e que o círculo comercial dos EUA encontrará mais oportunidades na China.

Segundo ele, o 19º Congresso Nacional do PCCh não só cria um desenho técnico para o crescimento da China no futuro, como também oferece oportunidades históricas sem precedentes para o desenvolvimento da China e de suas relações com todos os países do mundo.

Tradução: Luana Xing

Revisão: Rafael Fontana

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