No Brasil, as operações da empresa do agronegócio chinesa representaram a exportação de 33
milhões de toneladas de produtos, sendo que a empresa detém o quinto lugar nas exportações
de milho, sexto em soja e sétimo em açúcar (Imagem: REUTERS/Thomas Peter)
Por Reuters
A chinesa COFCO tem interesse em ampliar sua relação comercial com o Brasil focada na economia de baixo carbono, disse o Ministério da Agricultura nesta sexta-feira, após sua comitiva ter se reunido com a empresa na China.
Segundo a pasta, com o foco no novo programa ABC do Plano Safra 23/24, que terá linhas de crédito diferenciadas e com juros mais atrativos para produtores que investirem em práticas socioambientais, o Brasil poderá contar com mais investimentos do grupo chinês, inclusive para uma parceria privada, sob coordenação do ministério, visando a recuperação de pastagens degradadas.
“Com toda essa introdução sobre a cooperação, ficamos satisfeitos e com esperança no futuro. O cenário, como o ministro e o embaixador falaram, é muito importante para a COFCO, mas também para os brasileiros e os chineses”, afirmou Lyu Jun, chairman da COFCO, em nota.
Diante da proposta apresentada, a COFCO organizará uma missão para visitar o Brasil em breve e seguir nas negociações, informou o ministério.
No Brasil, as operações da empresa do agronegócio chinesa representaram a exportação de 33 milhões de toneladas de produtos, sendo que a empresa detém o quinto lugar nas exportações de milho, sexto em soja e sétimo em açúcar.
Ao todo, a COFCO tem 7,2 mil funcionários no Brasil, o equivalente a 60% da força de trabalho da empresa fora da China.
Além disso, a COFCO está investindo cerca de 300 milhões de dólares na reforma e ampliação de um terminal no Porto de Santos, arrematado em leilão, para aumentar a capacidade de transporte de grãos.