Beijing sedia Fórum Internacional de Cooperação em Capacidade Produtiva

O Fórum Internacional de Cooperação em Capacidade Produtiva de 2017 e 9ª Feira de Investimento Exterior e Cooperação da China foi aberto hoje (21) em Beijing. O evento atraiu mais de 3 mil participantes provenientes de 116 países e regiões, que expressaram propostas sobre o aprofundamento da colaboração em capacidade produtiva para contribuir com a construção do Cinturão e Rota. Ouça a reportagem.

Na cerimônia de abertura, o vice-secretário-geral da Comissão para Desenvolvimento e Reforma da China, Zhou Xiaofei, informou que nos últimos anos, a China focou na construção do Cinturão e Rota, promovendo a cooperação internacional em capacidade produtiva e apoiando empresas chinesas a se desenvolverem no exterior. A China já firmou acordos de cooperação e investimento com 36 países, e realizou cooperações multilaterais com várias organizações regionais como Asean, União Africana e UE. Segundo Zhou, essas cooperações são complementares e de benefício recíproco.

“Até o final de 2016, já eram 37 mil empresas de investimento direto da China no exterior. O valor total de investimento foi cerca de US$1,4 trilhão. No ano passado, as empresas de capital chinês pagaram impostos de US$30 bilhões e contrataram 1,30 milhão de trabalhadores locais, aumentando 118 mil pessoas em comparação com o ano anterior.”

Enquanto apoia as empresas a saírem da porta nacional, a China também se dedicou a melhorar o seu ambiente de investimento. Zhou Xiaofei indicou que até o final de 2016, o investimento estrangeiro na China totalizou US$1,8 trilhão. O país tem sido o maior país em desenvolvimento como destino de investimento estrangeiro por 25 anos consecutivos.

Zhou enfatizou que a China não vai fechar a sua porta, e abrirá mais. O país lançará mais políticas de facilitação e de liberalização de investimento.

“Vamos aprofundar o nível de abertura, ratificar a lista negativa de acesso do investimento estrangeiro e relaxar o acesso deste em áreas financeiras. Aliás, vamos promover a reforma do sistema de gestão de investimento e simplificar ainda mais o seu procedimento.”

O ex-premiê francês, Jean-Pierre Rafrin, apontou em seu discurso que o desenvolvimento econômico e o investimento necessitam dos pré-requisitos de previsibilidade, segurança e estabilidade. Ele apela aos investidores que olhem mais ao Oriente. A iniciativa do Cinturão e Rota, o Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura (BAII), o Fundo da Rota da Seda e outros projetos são os produtos públicos que o mundo de hoje precisa, disse ele.

“Por que nós apreciamos a estratégia do governo chinês? Porque na ONU, nas organizações internacionais como a Organização Mundial da Saúde, e o BAII, o Fundo da Rota da Seda, e outros projetos lançados pela China, todos seguem o multilaterarismo. O mundo necessita do multilaterarismo para salvaguardar a paz.”

Além da cerimônia de abertura, ainda serão realizados 26 sub-fóruns que se referem a vários países e setores, bem como atividades de promoções de investimento e cooperação de vários países durante a Feira. Também será publicado o Relatório de Desenvolvimento no Exterior das Indústrias Chinesas 2017.

Tradução: Florbela Guo

Revisão: Layanna Azevedo

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