As razões pelas quais Brasil e China estão buscando aprofundar os laços comerciais

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se encontrará com o presidente chinês Xi
Jinping em Pequim n os próximos dias.

O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva deve chegar à China nos próximos dias para sua primeira visita desde que foi eleito em outubro, com os negócios liderando a agenda. As duas economias são complementares nos negócios, por um lado o Brasil grande exportador de commodities, enquanto a China é o maior comprador desses produtos. Enquanto os presidentes se aproximam visando aprofundar as relações comerciais e econômicas, listamos aqui as 3 principais razões para a ampliar a cooperação entre os dois países.

1. Comércio de commodities A China é o principal destino das exportações brasileiras de suas principais commodities, principalmente minério de ferro, soja e petróleo. O minério de ferro brasileiro embarcado para a China somou US$ 1,11 bilhão no ano passado, a soja US$ 997 milhões, o petróleo bruto US$ 972 milhões e a carne bovina US$ 329 milhões, segundo dados da consultoria internacional de negócios Dezan Shira & Associates.

O Brasil é o maior exportador de soja para a China e o segundo maior exportador de minério de ferro depois da Austrália, estimam Sarah Tan e Jesse Rogers, economistas da Moody’s Analytics. As exportações brasileiras dessas commodities para a China decolaram por volta de 2002 e permitiram “alavancar negócios” em petróleo, minério de ferro e soja, disse o Carnegie Endowment for International Peace em um estudo de outubro de 2022.

2. Eletrônica A China é a principal fonte de bens manufaturados do Brasil. As principais exportações são telefones celulares e aço, com carros chineses também em alta, PCs chineses e componentes tecnológicos de hardware também estão chegando ao Brasil. “Do lado da China, dado o crescimento do setor de eletrônicos na China, é provável que os telefones continuem em alta demanda, assim como os dispositivos semicondutores, desde que a China faça mais avanços nessa área”, disse Guilherme Campos, Dezan Shira’s gerente de consultoria de negócios internacionais em Shenzhen. A China exportou cerca de US$ 18,1 bilhões em bens de máquinas eletrônicas e elétricas no ano passado, além de outros US$ 8,8 bilhões em computadores, máquinas e peças, segundo dados do governo brasileiro.

3. Cooperação BRICS Ambos os países fazem parte do bloco BRICS de cinco grandes economias nacionais emergentes, que também inclui Rússia, Índia e África do Sul. A organização, criada em 2006, fornece às nações acesso especial aos mercados umas das outras e conta agora com quatro novos integrantes: Bangladesh, Emirados Árabes Unidos, Egito e Uruguai, formando um grupo de 9 países, enquanto Argentina, Argélia, Irã, Indonésia, Turquia e Arábia Saudita estão demonstrando interesse em ingressar no bloco BRICS A ex-presidente do Brasil Dilma Rousseff assumiu a presidência do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB na sigla em inglês), também chamado banco dos BRICS.

Para um país emergente e em desenvolvimento, a disponibilidade de crédito é fundamental para o seu crescimento e fortalecimento econômico, a Câmara de Comércio Brasil China – CCDIBC representas dois dos principais fundos chineses no Brasil com exclusividade, com mais de 3 bilhões de dólares disponíveis para os setores público e privado nos mais diversos segmentos e portes, com finalidade de expansão, aquisição de empresa, importação, energia, tecnologia, start-ups, projetos novos, nas áreas de infraestrutura, agricultura, petroquímico, entre outras áreas.