Após quase uma década de tratativas, Exportação Brasileira de Frutas para China

Este é um fato histórico que será possível após quase uma década de tratativas

A CCDIBC (Câmara de Comércio de Desenvolvimento Internacional Brasil – China), em parceria com a ABRAFRUTAS (Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados), está muito próxima de viabilizar a primeira exportação brasileira de frutas com destino à China, facultado pelo pioneirismo e pela qualidade da Agropecuária Vita+ e a assessoria da R2MD Consultoria. Tudo isso, resultado da crença, do trabalho e da perseverança de dois pernambucanos, ambos Rafael, que se atreveram e ousaram sonhar em realizar uma grande negociação com a China, pela primeira vez no Brasil.

O Começo de Tudo

Esta conquista foi fruto do amadurecimento de uma ideia que se iniciou no ano passado, quando dois amigos e sócios, Rafael Martins e Rafael Daher, decidiram buscar produtores para realizarem exportações para a China.

Iniciaram essa varredura aqui mesmo por Pernambuco, realizando viagens de pesquisas a Limoeiro, Macaparana, Inajá, Petrolina e outros municípios, mantendo contatos com produtores de bananas, de goiabas e de outras frutas. Com a ideia tomando corpo, materializando-se e mostrando cada vez mais oportunidades, os sócios resolveram ir a São Paulo, a fim de manter contatos com a CCDIBC.

Na Capital paulista, eles tiveram a oportunidade de se encontrar e manter conversações com Fábio Hu, o presidente da Câmara, e Ulysses Vega, diretor institucional. Estes, viram ali a perspectiva de colocar não só Pernambuco, mas várias outras cidades do Nordeste nessas negociações e, incontinenti, nomeou os sócios agentes da CCDIBC.

Naquele momento foi oficializada a parceria e os dois empresários nordestinos começaram a fazer prospecções de mais profissionais, já como representantes oficiais da Câmara, com o intuito de descortinarem mais oportunidades.

Para tanto, foi fundamental a aproximação com a Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados – Abrafrutas, que se localiza em Brasília (DF) e tem, desde abril deste ano, o ex-prefeito de Petrolina, Guilherme Coelho, como presidente.

Em se tratando de uma associação criada em 2014, que conta com mais de 70 associados produtores exportadores de frutas e detém aproximadamente 85% do volume total das frutas frescas exportadas pelo Brasil, essa aproximação só poderia trazer, literalmente, bons frutos.

Resultado do trabalho

Com esse facilitador e, após várias tratativas, visitas e negociações com as autoridades e órgãos fitossanitários chineses, conduzidas pela Abrafrutas, foi possível obter a autorização de exportação cuja previsão, inicialmente, é de um volume de carga de potencial de 1.000 a 1.800 containers/mês.

Esta força-tarefa foi reforçada ainda no final de 2019, com a experiência e a credibilidade da CCDIBC, que acreditou na qualidade e no potencial exportador da fruticultura brasileira e se integrou e se entregou firmemente no sentido de viabilizar e acelerar os trâmites burocráticos de registro de empresas exportadoras brasileiras na China, além de atuar diretamente na prospecção de importadores e intermediar as negociações.

O melão será a primeira fruta cultivada em solo brasileiro a ganhar o mercado chinês, o que com certeza promoverá outras aberturas de comercialização com o maior consumidor mundial não só de melão, mas de frutas em geral, e trará consigo a possibilidade de exportação de outras, como o abacate e a uva, num futuro imediato.

Os melões, objetos dessa 1ª exportação, são oriundos da produção da Vita +, empresa de Mossoró (RN), que foi considerada uma fazenda-modelo e teve seus produtos liberados pelo protocolo da mosca-das-frutas, após a visita de fiscalização dos chineses, que realizaram todos os procedimentos para disponibilizar essa liberação.

A mosca-das-frutas é uma das principais pragas na fruticultura mundial. No Brasil, as mais importantes compreendem várias espécies do gênero Anastrepha e a Ceratitis capitata, que causam danos diretos na produção de frutos, já que as larvas se alimentam da polpa, deixando-os inviáveis tanto para o consumo “in natura” como para industrialização. O protocolo da mosca-da-fruta é obtido após constatadas todas as medidas executadas com a implantação do controle da praga, geralmente através de sistemas de contenções orgânicas com alternativas ecológicas.

Fonte: blogrevistatotal

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