Investimentos crescem 28,2% em maio, na maior alta mensal desde 1996, diz Ipea

Mesmo com a forte alta no mês, as perdas registradas no pior momento da pandemia não foram completamente superadas

Após dois meses de quedas recordes, os investimentos cresceram fortemente em maio, na maior alta mensal desde fevereiro de 1996, início da série histórica, acompanhando a reação parcial da atividade econômica, mostram cálculos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgados nesta terça-feira.

O Indicador Ipea de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) cresceu 28,2% em maio, frente ao mês anterior, na série com ajuste sazonal. O resultado ocorreu após queda de 13,4% em março e de 27,5% em abril, mês marcado pelo pior resultado da série história do índice.

Mesmo com a forte alta no mês, as perdas registradas no pior momento da pandemia não foram completamente superadas. Em maio, o indicador estava 19,5% abaixo do verificado em fevereiro, antes de decretos de isolamento social paralisarem fábricas e outras atividades.

 

A abertura do resultado de maio mostra que o consumo aparente de máquinas e equipamentos — produção nacional sem exportações, acrescida das importações — cresceu 68,7% frente a abril. Houve alta na produção nacional (22%) e nas importações 145,6%) no mesmo período.

Outro componente do indicador de investimentos é a construção civil, que avançou 14,1% em maio, frente a abril. O indicador havia recuado 19% no mês anterior, segundo o Ipea. Já o terceiro componente chamado de outros ativos fixos, apresentou alta de 2%.

Os investimentos são vistos como uma saída para a retomada do crescimento após a pandemia. Para alguns, isso exigiria uma agenda de reformas capaz de animar investidores. Para outros, passaria por retomar obras públicas e viabilizar privatizações e concessões.

 

Quando comparados a maio do ano passado, os investimentos mostraram queda de 19,6% no mês. Dessa forma, o indicador de FBCF do Ipea passa a acumular baixa de 8,6% no ano e de 2,8% em 12 meses até maio. Pela média móvel trimestral, recuou 18,4%.

Fonte: Valor.Globo.Com

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