De acordo com a Administração Geral das Alfândegas da China, nos primeiros seis meses deste ano, as importações e exportações de mercadorias totalizaram 14,24 trilhões de yuans, registrando uma redução de 3,2% em comparação com o mesmo período do ano passado. Entretanto, o declínio foi de 3,3 pontos percentuais, menor do que no primeiro trimestre. A exportação tem mantido um aumento em três meses consecutivos desde abril. Em junho, a exportação foi 4,3% a mais do que a do mesmo período de 2019, enquanto a importação, 6,2%. Os dados mostram que o empenho do governo chinês para a estabilização do comércio exterior é eficaz.
A diversificação dos parceiros comerciais e a exploração do potencial de mercado nos países participantes da iniciativa do Cinturão e Rota desempenham um papel importante para estabilizar o comércio exterior da China. Nos primeiros seis meses, a importação e a exportação entre a China e os membros da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean, na sigla em inglês) totalizaram 2,09 trilhões de yuans, aumentando 5,6% ano a ano e representando 14,7% do total. Com isso, a Asean substituiu a UE para se tornar o maior parceiro comercial da China.
No crescimento do comércio exterior, as empresas privadas são uma grande contribuinte. No primeiro semestre do ano, a importação e a exportação dessas empresas aumentaram 4,9% em termos anuais, chegando a 6,42 trilhões de yuans e representando 45,1% do total do país. As empresas privadas já superaram as empresas de capital estrangeiro e se tornaram a maior entidade de comércio exterior da China.
Não foi fácil para o comércio exterior da China se recuperar perante os desafios da pandemia e anti-globalização. Um dos motivos é que quando a pandemia foi controlada no país, a China começou cedo a retomada da produção e o mercado doméstico recuperou a demanda pelos produtos estrangeiros, o que promoveu o aumento da importação. Outro motivo é o crescimento rápido da exportação dos materiais de prevenção epidêmica. De janeiro a junho, a exportação de produtos têxteis, incluindo máscaras, registrou um aumento de 32,4%, a exportação de medicamentos subiu 23,6%, e a de aparelhos médicos, 46,4%.
As políticas do governo chinês também estimularam a recuperação comercial. A China já adotou 10 medidas e estabeleceu 50 tarefas concretas para impulsionar o comércio exterior. Recentemente, o governo reforçou ainda mais o apoio político com a aceleração dos descontos de impostos de exportação, orientação das instituições financeiras para fortalecer o apoio financeiro, desbloqueio de canais de frete internacional e abertura de mais canais rápidos para a entrada e saída do pessoal de negócios.
Dados mostram que o comércio exterior da China não mudou a tendência de desenvolvimento estável ao longo prazo. A China é capaz de estabilizar a cadeia de suprimentos globais, para contribuir ao crescimento econômico mundial e à globalização econômica.
Tradução: Florbela Guo
Revisão: Gabriela Nascimento
Fonte: CRI